A poucos dias das eleições, o quadro político nos Estados mostra que a maioria dos novos governadores deverá se eleger no primeiro turno. Em 17 Estados e no Distrito Federal, os eleitores deverão conhecer os nomes dos eleitos já no dia 3 de outubro. Em quatro Estados o segundo turno se configura, até o momento, como certo. Os partidos que apoiam a presidenciável Dilma Rousseff (PT) devem eleger pelo menos 14 governadores. Já a oposição a Lula e a Dilma deve ganhar em seis, incluindo os dois maiores colégios eleitorais: São Paulo e Minas Gerais. A disputa é indefinida em cinco estados. O desejo de continuidade também é grande. Em 16 Estados, o favorito é o governador que tenta a reeleição ou o candidato que tem apoio do governo estadual. O caso mais extremo é o de Pernambuco, onde o governador Eduardo Campos (PSB), segundo pesquisa Ibope divulgada na sexta-feira, tem 73% das intenções de voto contra 16% do segundo colocado, Jarbas Vasconcelos (PMDB). Em outros cinco Estados, o candidato do governo é competitivo e pode vencer a eleição. O cientista político Carlos Ranulfo, da Universidade Federal de Minas Gerais, lembra que o fenômeno da continuidade não começou nas eleições deste ano.
“Não é a primeira vez. Desde que se estabeleceu a reeleição, a taxa de sucesso de quem tenta se reeleger é alta. O candidato que está no governo tem vantagem, mesmo que não tenha grande aprovação”.
PESQUISAS
Entre os lugares em que os atuais governadores patinam nas pesquisas estão o Rio Grande do Sul, o Pará e o Amapá. Nos três Estados, a administração é mal avaliada pela população ou foi atingida por escândalos de corrupção. No caso da gaúcha Yeda Crusius (PSDB), sua imagem foi manchada por denúncias de corrupção e seu governo teve baixa aprovação.
No Amapá, o governador Pedro Paulo Dias (PP) chegou a passar oito dias na prisão em setembro por causa da Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, e caiu do terceiro para o quarto lugar, segundo o Ibope. No Pará, a governadora Ana Júlia (PT) é mal avaliada e, mesmo tendo o apoio do presidente Lula, corre o risco de perder no primeiro turno para o tucano Simão Jatene, ex-governador. Ranulfo destaca ainda que o apoio do governo estadual é mais importante do que o do governo federal para conseguir eleger um governador, citando como exemplos os dois maiores colégios eleitorais do país, São Paulo e Minas Gerais, onde os tucanos governam há mais de dois mandatos e devem continuar no comando. Nos estados em que a eleição será definida provavelmente no primeiro turno, nem todos têm um vencedor claro. Isso porque só há dois candidatos competitivos. É o caso do Paraná, onde o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) conseguiu barrar na Justiça a liberação de pesquisas mais recentes. Em 16 de setembro, foi divulgado o último levantamento do Ibope, que mostrava uma aproximação do senador Osmar Dias (PDT), com 40% das intenções de voto contra 45% de Richa.
DEFINIÇÃO NO DIA 3
Em 17 Estados e no Distrito Federal, os eleitores deverão conhecer os nomes dos eleitos já no dia 3 de outubro.
COM 2º TURNO
Em quatro Estados, o segundo turno se configura, até o momento, como certo.
PATINAM
Entre os lugares em que os atuais governadores patinam nas pesquisas estão o Rio Grande do Sul, o Pará e o Amapá. (Agência O Globo)
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