sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Educadores de Brasil Novo e Medicilândia estudam a Igualdade na Diferença.


Brasil Novo foi sede do Seminário com o tema “Iguais na Diferença: Formação continuada, produção de material didático e cidadania”.   Pessoas de Brasil Novo e Medicilândia estiveram juntas nos dias 29 e 30/09 para dialogar com a Universidade Federal do Pará sem sair do espaço do ambiente buscam parcerias e trocarem conhecimentos a respeitos das diversidades cultural e direitos humanos, visando a elaboração, execução e avaliação de material didático a ser utilizado nas práticas educacionais.
O evento foi coordenado pelo casal Everaldo e Josélia Amorim e assessorado pela equipe  da UFPa  Francilene Parente, Eliane Sousa e Assis Oliveira. Do programa Arqueologia e Educação Patrimonial em Altamira, Brasil Novo e Medicilândia.   
A segunda etapa do estudo está marcado para os dias 6 e 7 de outubro/2011 em Brasil Novo.      

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Obras de Belo Monte foi suspença por juiz do Pará


A decisão atende a uma ação que justifica que o desvio do rio para construção da barragem pode prejudicar cerca de mil famílias
A Justiça Federal determinou a paralisação imediata das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A decisão da 9ª Vara Federal, especializada no julgamento de causas ambientais, atende a uma ação da Acepoat (Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira), que argumentou que o desvio do rio para construção da barragem pode prejudicar cerca de mil famílias que dependem da pesca.
O juiz federal Carlos Eduardo Castro Martins proibiu o Consórcio Nesa (Norte Energia S.A.), responsável pela obra, de fazer qualquer alteração no leito do Rio Xingu, como “implantação de porto, explosões, implantação de barragens, escavação de canais, enfim, qualquer obra que venha a interferir no curso natural do Rio Xingu com consequente alteração na fauna ictiológica [dos peixes].” Segundo o juiz, a escavação de canais e a construção de barragens “poderão trazer prejuízos a toda comunidade ribeirinha que vive da pesca artesanal dos peixes ornamentais”.
De acordo com a ação da Acepoat, com a construção da usina, as atividades dos pescadores só poderiam ser retomadas definitivamente em 2020, prazo que o juiz não considerou razoável por se tratar, em alguns casos, de atividade de subsistência.
A multa por descumprimento da liminar foi fixada pelo juiz em R$ 200 mil por dia. O consórcio responsável pela obra e a União podem recorrer da decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A liminar não atinge a construção do canteiro de obras e dos alojamentos para os trabalhadores do consórcio, que estão em curso. Segundo o juiz, essas obras preparatórias não interferem na navegação e na atividade pesqueira no Rio Xingu.
Fonte www.band.com.br  

terça-feira, 27 de setembro de 2011

INTERCAMBIO ESCOLAR COM ESTUDANTES DE MEDICILÂNDIA FOI UM SUCESSO

A programação de encerramento do “Intercambio da capital nacional do cacau com a capital do Amapá”  foi marcada com visita ao município de Porto Grande. 
Um dia de lazer com estudantes e funcionários da escola acolhedora “Darcy Ribeiro” e a turma de Medicilândia. No balneário as horas passaram rápidas, mas muitas conversas foram jogadas fora,  o almoço foi coletivo e ninguém resistiu a água fria que refrescou visitantes da região e do Estado vizinho. 
Na estrada que liga a capital amapaense com o interior do Estado a turma pode ver uma paisagem diferente da realidade paraense. Plantações de Eucalipto feita pela indústria de celulose para exportação, foram visitadas e fotografadas para ajudar no repasse na cidade de origem.
A despedida com a escola acolhedora foi marcada com abraços e presente oferecidos por funcionários. A ultima viagem com o ônibus da secretaria de segurança publica do Amapá iniciou as 20 e 30 horas do dia 25 de setembro de 2011 rumo ao porto de Santana e as 22 horas a viagem continuou na “Balsa Camila” pelos rios Amazonas e Xingu. 
Na madrugada da terça-feira 27 de setembro o grupo aportou em Vitória do Xingu. O embarque no ônibus da secretaria municipal de educação de Medicilândia só aconteceu as 18hs, depois que uma Kombi e uma L200 levou a turma para oficina em Altamira, onde o ônibus da SEMED-Medicilândia esperava. Pela BR 230 o grupo pesquisador seguiu viagem ate o Km 105 onde dormiram e na quarta, 28/09 seguiram nos transportes escolares com destino as residências nas vicinais próximas a escola “Vitória Régia” o repasse inicia nesta quinta-feira em dois momentos. O primeiro na escola para as turmas do médio e funcionários e em seguida para as famílias no encontro religioso na vicinal 105 Norte. A programação para repasse inclui as escolas da cidade de Medicilândia, a radio “Sociedade FM 87,9” e a  Casa Familiar Rural do município.     

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Estudantes Medicilândia em almoço com secretário estadual de educação do Amapá

Segundo dia do Intercâmbio da capital nacional do cacau com a capital do Amapá foi marcado com uma visita no "Quilombo do Curiaú" onde a SEED Secretaria Estadual de Educação do Amapá organizou um almoço com o Secretário José Maria Lobato e os Estudantes da Tranasamazônica que distribuiram chocolate, geleia e licor de cacau. O encontro foi na "Casa de Forno" no Curiaú.
A programação no Quilombo encerrou com apresentação de Batuque por estudantes da Escola "José Bonifácio". Teve estudantes que provaram que aprederam a lição das crianças e cairam no terreiro dançando e gritando como fazem os dançarinos do Batuque, dança africana.

Em visitas ao Monumento do "Marco Zero" Macapá com estudantes de Medicilândia

Hoje pela manhã o grupo visitou o Monumento Marco Zero do Equador, estivemos no local no exato momento em que ocorreu o Equinócio da Primavera. Em astronomia, equinócio é definido como um dos dois momentos em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador terrestreprojetada na esfera celeste), mais precisamente, é o ponto onde a eclíptica cruza o quador celeste.
A imagem acima mostra o momento em que o Sol cruza a linha imaginária do equador. Vc consegue ver o sol exatamente dentro do orifício no topo do Marco.
Aqui o grupo de Professores e estudantes juntos sobre a linha imaginária do equador. O evento reune pessoas de todo o país e também de outros países que vem a Macapá -AP, para ver de perto algo tão fenomenal. Na oportunidade tivemos uma aula de geografia a parte.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Estamos em visitas nos pontos turísticos de Macapá

Visita ao Museu Histórico "Joaquim Caetane" modelo de residência os professores Gordiano, Nnilso e Marcus conhecendo as cerâmicas funerárias indígena.

 Maquete da "Fortaleza de São José" construído pelos escravos no incio da invasão europeia.
Entrada  da "Fortaleza de São José"

Manhã de Recepção e Palestras na escola "Darcy Ribeiro"

Estudantes da Escola Estadual de Tempo Integral "Darcy Ribeiro" na cidade de Macapá-AP  recepcionaram com festa estudantes de Medicilçândia-PA. Depois do café da manhã danças e palavras das autoridades do governo do Estado do Amapá marcaram o inicio do Intercâmbio.

Estamos em terra amapaense

Depois de uma longa e boa viagem pelos rios Xingu e Amazonas estudantes e funcionários da educação em Medicilândia chegaram na capital do Estado do Amapá. Um ônibus do governo do Amapá  levou a comitiva a uma escola da capital onde estão alojadas/os.
A programação inicia as 08 horas com o café da manhã juntamente com estudantes e funcionários.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Tudo pronto para viagem do Intercâmbio em Macapá

Hoje (19/09) estudantes e funcionário da Escola Municipal de Ensino Fundamental "Vitória Régia" em Medicilândia se reuniram para os ultimos detalhes do "Intercâmbio Escolar da Capital do Cacau com a Capital do Amapá". A viagem inicia amanhã pela manhã no micro da prefeitura daquele município que também está patrocinando metade das passagens de barco. O projeto faz com que estudantes do ensino médio troque os buracos e poeira da Transamazônica pelo balanços das águas do Amazonas.
O objetivo do  Intercâmbio é divulgar a riqueza que o cacau produz na região. Na bagagem levarão chocolate fabricado no início das atividades da indústria local e chocolates caseiros e outros derivados como mostra a foto. Neste dia 20 de setembro estudantes e educadores embarcará em Vitória do Xingu rumo a capital amapaense onde vão ficar até domingo com apoio do governo do Amapá.

Antonio Nilso

domingo, 18 de setembro de 2011

TRANSMISSÃO AO VIVO / TV CIDADE NA INTERNET

 
clique no play para assistir a transmissão

INTERCAMBIO ESCOLAR DA CAPITAL NACIONAL DO CACAU COM A CAPITAL DO AMAPÁ

O projeto do Educador Antonio Nilso de realizar uma aula de Geografia e Estudos Amazônicos com estudantes do ensino médio na capital amapaense já estava no papel há alguns dias. Com o tema “Intercambio da capital nacional do cacau com a capital do Amapá” 
Agora será realizado com apoio da Prefeitura de Medicilândia.

Um grupo de estudante da escola localizada a 15 km da sede deste município estão preparando suas malas para viajar dia 20 de setembro. A saída será as 7 horas da manhã da próxima terça-feira, de micro ônibus do Km 105 pela rodovia Transamazônica rumo a Vitória do Xingu onde armarão suas redes numa balsa que sobre o rio Xingu e Amazonas querem visitar a capital do Estado do Amapá. Na bagagem levam experiências na produção do melhor cacau do Brasil para fabricação do chocolate. Através de fotos, filmes e palestras querem divulgar a riqueza da nossa região. Para provar que o  produto é de primeira irão distribuir bombons de chocolates fabricados em Medicilândia pela CACAUWAY  fábrica em funcionamento naquela cidade. Produtos artesanais como chocolate caseiro, licor, geleia, objetos artesanais e muitos frutos serão distribuídos as estudante de uma escola pública.

Em Macapá querem ver de perto a Fortaleza de São de José, construído pelos escravos a mando dos europeus que invadiram aquelas terras. Abraçar negras/os do Quilombo do Curiaú, refugio e símbolo da resistência negra no Estado. Fotografar os Monumentos da Linha do Equador. Comprar produtos nas Importadoras da Área de Livre Comercio. Sentir o cheiro do eucalipto sendo serrado, transformado em celulose e embarcado nos navios ruma a Europa.

  O intercambio conta com participação da direção e funcionários da escola municipal de ensino fundamental “Vitória Régia”, dos professores do SOME –Sistema Organizacional Modular de Ensino Médio – Marcus Vinicius de Educação Física e Gordiano Amaral de Matemática. 
O patrocínio será da secretaria municipal de Educação de Medicilândia. Em Macapá a equipe da vice governadoria e secretaria estadual de Educação estão preparando a infraestrutura para a realização do projeto.

Você visitante deste Blog vai participar desta viagem visualizando foto e relatos diariamente.      

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Rede Pública de ensino cai no ranking da avaliação do ENEM


Do resultado de desempenho do ENEM, somente uma escola pública está entre as dez melhores. A campeã das escolas públicas é o Colégio de Aplicação da UFV (Universidade Federal de Viçosa) e ficou em oitavo lugar.
O colégio São Bento, do Rio de Janeiro, o primeiro na colocação, é uma escola particular, e para estudar lá custa R$ 2.000 mensais. O terceiro colocado, o colégio Vértice, cobra mensalidades de R$3.000.
Nesse retrato da educação brasileira, vemos quão grande é a desigualdade de oportunidades de formação no nosso país.
O Pará ficou dentro da média nacional, mas quando olhamos regionalmente há uma repetição das disparidades público x privado.
Devemos nos perguntar por que as melhores escolas no ranking do ENEM são particulares, e porque a única pública é federal, ou seja, responsabilidade da UNIÂO.
As escolas de Altamira
A melhor escola de Altamira foi o Centro Educacional Gildete Dutra, com 593,31, uma escola privada. A terceira melhor no ranking foi o  Colégio Adventista , que alcançou 579,83 como nota.
A melhor escola pública foi o  Instituto Maria de Mattias que obteve  588,09 pontos, ficando em segundo lugar no cenário municipal, acompanhada da Escola Polivalente. As outras quatro escolas públicas de ensino médio ficaram abaixo da média nacional.
Algumas respostas para todo esse mal desempenho das escolas públicas são bem óbvias: falta de infra-estrutura nas escolas que favoreçam tanto o ensino, quanto a aprendizagem e falta de professores de algumas disciplinas.
Segundo Lisangela de França Né, coordenadora do SINTEPP em Altamira, a escolas são tão quentes que alunos e professores não sabem se se abanam ou se escrevem, fato que se torna um agravante contra o processo de aprendizagem do aluno e dificulta o trabalho do educador. Para começar a mudar a realidade das escolas públicas, o governo tem que fazer a manutenção e conservação dos prédios, garantirem a merenda para os alunos.
Em relação aos professores, Lisangela, diz ser urgente o cumprimento do PCCR, uma vez que o mesmo garante em seu texto um tempo de planejamento para os professores, tempo esse que faria o diferencial para o aluno, pois o professor propiciaria aulas com mais qualidades. Hoje o professor para garantir o pão de cada dia, necessita ter cargas-horárias em várias escolas, impossibilitando-o de dispor de tempo para planejar as aulas. Alguns professores trabalham os três turnos, dividindo-se entre dá aula no Estado e Município, ou em escolas particulares.
A melhor escola pública no ENEM, o Colégio de Aplicação da UFV, colocou como ponto principal do seu sucesso a dedicação exclusiva de seus professores. Lá os alunos cursam a série num turno, no contra-turno tem disponível os professores para tirarem suas dúvidas, não é que a escola seja de tempo integral, é que no contra-turno o professor planeja suas aulas e ajuda seus alunos.
A educação é um problema de todos, é um dever do Estado oferecer uma educação pública de qualidade, e uma certeza é de que apesar disso está Carta Magna do nosso país isso não será dado de presente, por isso devemos criar condições para forçar o poder público a garantir o nosso direito. Somente assim, trabalhadores e trabalhadoras terão seus filhos com oportunidades iguais aos filhos dos patrões.

Por Paulo Villa Real

domingo, 11 de setembro de 2011

Idenização de atingidos pela Belo Monte decepcionados

 Seu Amadeu acreditava que ficaria rico com Belo onte. Que a construção da barragem seria uma oportunidade para que ele e a família prosperassem. Por isso, defendeu o empreendimento sem titubeios. Acreditou nisso por três anos – até que algumas coisas mudaram.
Representantes do empreendimento realizaram o primeiro contato com Amadeu em 2008. Contaram a ele sobre a obra e sobre o progresso. Explicaram como o seu terreno era parte essencial da barragem – afinal, sem um canal, não haveria 80% da vazão da Volta Grande desviada, e aí não sairiam os migalhawatts prometidos.
No entanto, na hora de receber a bolada que mudaria sua vida – a gorda indenização por sua terra e benfeitorias na margem esquerda do quilômetro 50 da rodovia Transamazônica -, seu Amadeu, o filho e a nora depararam-se com um valor de pouco mais de 90 mil reais.
“90 mil eu não aceito”, reagiu Amadeu Fiok, o acometido. O pai é turco. “O que é isso? Vocês me prometeram muito mais”.
E aí chegou uma intimação, dando prazo para que ele saísse da terra, e dizendo que o valor (na ação, ligeiramente mais baixo) já estava depositado em sua conta. Retrucou: “daqui eu não saio”.
Mas, feito um lutador que toma uma pancada e não sabe bem de onde veio, seu Amadeu não entendeu: ele não tem saída. Está marcado para perder.
Através de um decreto publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que transforma toda a extensão da Volta Grande do Xingu em área de utilidade pública, basta à Norte Energia entrar na Justiça com uma ação de desapropriação contra cada proprietário que se recusar a aceitar os valores propostos pela empresa. E pronto: a indenização está paga e os moradores removidos.

Ditadura e direito

“Pra começo de conversa: esse decreto é da ditadura de 40″, comenta a coordenadora do Movimento Xingu Vivo Para Sempre, Antônia Melo. Ela se refere ao decreto-lei que regulamenta as desapropriações em geral, de 1941 – período da ditadura getulista do Estado Novo (1937-1945). Foi baseado neste decreto que a ANEEL declarou de utilidade pública a área da construção de Belo Monte.
“Em segundo lugar: as áreas de realocamento já deveriam estar definidas, para que os proprietários pudessem optar entre indenização e o remanejamento”, continua. “E pra quem não queria sair, não queria barragem, mas só sobrou a alternativa de ser indenizado, oferecem valores baixíssimos, e completamente deslocados do mercado imobiliário da própria região – que está explodindo graças à própria especulação em torno da usina. O proprietário não sabe nem o que fazer para defender seus direitos”, critica.
Em se tratando de direitos, a advogada e professora da UFPA, Andréia Barreto, concorda que há irregularidades envolvendo as ações de desapropriação. “Não foi garantido a eles o acesso à Justiça. Quem não aceita a negociação, não encontra amparo legal. Não tem direito à Justiça gratuita. Por um motivo bem simples: essas ações envolvem interesse da União. Isto é: são da Justiça Federal. Nestes casos, quem cuida das defesas é a Defensoria Pública Federal (DPF). E não há DPF em Altamira”, explica. “O que nós temos presente em Altamira e região é a Defensoria Pública Estadual, que não vai atuar nestes casos. Ou seja: ou eles contratam advogado particular, ou não tem defesa”.
Segundo a advogada, também o Ministério Público Federal não é obrigado a atuar nestas ações, porque são causas individuais. “Muitos não podem pagar por advogados particulares. “Ou seja, foram tolhidos da garantia de suas defesas. Há uma ausência das instituições que deveriam acompanhar os desapropriados”, conclui.
Ruy Marques Sposati
Foto: Movimento Xingu Vivo

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Processo de compra de livro didático é fraudado em Altamira e prejudica estudantes do ensino médio da Transxingu

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a suspensão imediata da compra de livros didáticos para a 10ª Unidade Regional de Educação (URE) no Pará, que reúne 12,4 mil alunos em 18 escolas de municípios da região da Transamazônica. A decisão foi tomada depois que o banco de dados com o registro dos títulos escolhidos pelos professores e diretores de escolas foi fraudado, redirecionando o processo de compra para a aquisição de obras não selecionadas pelos educadores.

Assinado pelo procurador da República Bruno Alexandre Gütschow, o documento com as orientações do MPF foi encaminhado nesta segunda-feira, 5 de setembro, ao presidente do FNDE, José Carlos Wanderley Dias de Freitas. Assim que receber a recomendação, o FNDE terá dez dias para apresentar uma resposta, sob o risco de o caso ser levado à Justiça para cancelamento do processo de compra e também para ajuizamento de ações penal e de improbidade por não atendimento a atos de ofício.

Além de exigir a paralisação urgente do processo de compra, Gütschow recomendou ao FNDE que reabra o sistema de cadastramento no Ministério da Educação (MEC) dos livros didáticos escolhidos pelos professores e diretores da escolas públicas dos municípios abrangidos pela 10ª URE (Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Vitória do Xingú e Uruará)

A lista das obras selecionadas pelos professores e diretores de escolas foi inserida no sistema de registro de dados do Programa Nacional do Livro Didático em 8 de junho deste ano. Quatro dias depois, em um domingo, as informações foram alteradas por pessoa ainda não identificada. A pedido do MPF, o caso já está sendo investigado pela Polícia Federal.]

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lideranças de Entidades de Trabalhadoras/es da TRANSXINGU se reuniram com ministras/os em Brasília


Contratar e iniciar obras nos trechos ainda não licitados da rodovia Transamazônica, até a metade do próximo ano, manutenção do projeto de Casa Familiar Rural, que existe em oito municípios da região, criação de um Grupo de Trabalho, formado por integrantes da Casa do Governo, que acompanha o Projeto Belo Monte, em Altamira, do Comitê Gestor da obra e dirigentes de movimentos sociais e sindicais.
Estas foram as principais propostas acertadas nesta terça-feira (06), em Brasília, durante reunião interministerial com os integrantes do movimento Xingu 2011 – Despertar para novos tempo, que na semana passada interditaram um trecho da BR 230, a Transamazônica, que leva ao canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
A reunião foi coordenada pela ministra Miriam Belchior, do Planejamento e contou com a presença do ministro Secretário- Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, Afonso Florence, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e dos Transportes, Paulo Passos.
Também participam do encontro dos representantes da região da Transamazônica e Xingu, os presidentes do Ibama, Curt Trennepohl, do Incra, Carlos de Lacerda, e do Instituto Chico Mendes, Romulo Melo.
O deputado Airton Faleiro, que participou do encontro, disse que “ estou otimista com o avanço do diálogo entre o governo e os movimentos sociais. Na próxima semana o governo federal reúne, internamente, esta equipe interministerial para novos encaminhamentos”. O deputado Zé Geraldo também participou da reunião.
No início da reunião Gilberto Carvalho, da Presidência da República, criticou os dirigentes do movimento afirmando que, mesmo depois do acordo fechado com o governo federal, “ vocês mantiveram nosso funcionários como reféns”.
Em resposta, João Batista Uchôa, presidente da Fundação Viver Produzir e Preservar, uma das organizadoras do acampamento, disse que “ este era um reflexo da desesperança das lideranças que estão vendo as obras sociais desaceleradas”. A reunião durou quatro horas.