domingo, 27 de novembro de 2011

Asfalto no trecho Altamira - Medicilândia não acontecerá mais este ano e deixa dúvida para 2012.



Caso do Asfalto Altamira - Medicilândia foi debatido com lideranças e representantes do Ministério do Planejamento  e  DNIT na ultima terça-feira, 22 de novembro/11. A conversa que durou mais de 4 horas aconteceu na área do DNIT, antigo DNER órgão responsável pela construção da Transamazônica, hoje  os prédios de madeiras abandonados e precisando de reforma com urgência igual a rodovia que a mais de 40 anos foi inaugurada.
Com a presença dos engenheiros Antonilde Cardoso e Paulo Fontes do DNIT, engenheiro Leonardo da empresa DINAMO, senhor Arapiraca do Ministério do Planejamento e chefe da Casa de Governo na região, policias Braga e Jorge da Policia Rodoviária Federal, Braz Teixeira e Everaldo Amorim da CJP – Comissão de Justiça e Paz da Prelazia do Xingu, geógrafo Antonio Nilso do Sistema Organizacional Modular de Ensino, Dr Assis da UFPA, Valdecy  Bocaiuva agrovila “Carlos Pena Filho” km 40, Josélia acadêmica da UFPA, Brígida Gabriela estudante no ensino médio e José Geraldo pároco em Brasil Novo.
     O engenheiro Antonilde Cardoso DNIT – regional explicou os motivos da reunião pautada no protesto na ponte do Jarucu em 7 de novembro/11 e como não foi possível a presença de diretores do órgão em Brasília este mês ele convocou este conversa até a vinda de agentes da capital federal. Explicou que o não asfaltamento do trecho  em  pauta  não foi executado porque a empresa SEMENG ganhadora da licitação passou o ano resolvendo problemas judiciais da diretoria da empresa não cumprindo o cronograma da obra que já gerou multas e processo de expulsão do contrato. O órgão garante que ainda este ano resolverá com a empresa e em seguida convocará a segunda empresa colocada, a terceira, a quarta... Ate encontrar uma que assuma a continuidade da obra. Caso isto não ocorra o governo fará nova licitação e novos recursos serão disponibilizado no orçamento da união.
O trecho do Km 18 só será asfaltado quando uma ponte for construída sobre o igarapé Panelas, pois o IBAMA reprovou a galeria em obra no local. As pontes em alvenaria são outros gargalhos. O governo caminha para contratar empresas em junho de 2012, estudos está em andamentos.          
     Antes e Depois                                                      






Fotos e Textos Antonio Nilso

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Domingo 20 de Novembro dia da consciência negra


“... a história nos engana/ Diz tudo pelo contrário / Até diz que abolição/Aconteceu no mês de maio/A prova dessa mentira/É que da miséria não saio/ Viva vinte de novembro/ Momento pra se lembrar/ Eu não vejo no treze de maio/ Nada pra comemorar ...”
(domínio público)
A história do Brasil se caracterizou pela conformação da violência colonial europeia que, além de branca, era masculina na sua construção de poder.
Para isto, foi instituindo com força vil e adestramento cultural uma forma de ser para o negro e para o índio, a partir daquilo que o dono dos sujeitos definiria como civilização e trabalho.
Essa história, marcada a fogo e a ferro pelo racismo, se apresentou como única, como a história dos vencedores sobre os vencidos, e relegou os negros e os índios a um papel subordinado, ocultando sua função produtora de vida para outros.
O Brasil colonial aparece, em sua essência, como uma fase que oculta os reais processos de opressão e exploração utilizados pelos donos do poder para calar – na chibata e no tronco – os que se rebelavam contra a ordem dominante.
Essa capacidade de transformar o aparente no real trouxe para nossa história uma perversa essência de consolidação de estereótipos.
Estes estereótipos, para a ordem dominante do progresso, consolidaram um poderoso antagonismo sobre quem eram/são os civilizados/bárbaros, cultos/ignorantes, belos/feios, homens e mulheres ao longo da história.
A construção desse imaginário coletivo conformou uma lógica de não poder ser para uma parte expressiva de nossa classe trabalhadora negra e índia. Seja na condição de escravos ou na atual relação aparente de trabalhadores livres, reforçada pela democracia restrita.
Instaurou-se uma liberdade condicionada para a sociedade como um todo, sobre ser e sentir-se menos, como índios e negros.
O suposto fim do período colonial já havia assentado a centralidade das bases de consolidação da ética-moral sobre o ser menos, como mecanismo vital de dominação de uma classe sobre a outra.
A pele, os corpos, as culturas dos negros e índios, já haviam entrado para a história a partir da forma e do conteúdo dominantes, de exercer e manter o poder, eliminando objetiva e subjetivamente o real poder/dever ser desta parte integrante de nossa classe.
Na aparente consolidação democrática do Brasil republicano, igualitário e libertário, se consolidou a histórica essência dos valores éticos-morais da desigualdade, manifesta na inserção subordinada desde um ser menos para índios e negros.
Sob a aparente sociedade democrática se funda, além da desigual conformação de classes, uma relação ainda mais perversa de classificação sócio-cultural pelo gênero, pela raça-etnia e geracional.
Ser trabalhador e negro no Brasil significa que além da exploração produtora de valor para outros, a opressão real se manifestará pela histórica caracterização da produção do ser menos, quando em essência é ser mais.
Os mesmos postos de trabalho, ocupados por trabalhadores com cores de pele diferentes, conformarão um grau ainda mais perverso de exploração e opressão no interior da nossa classe.
A classe que vive do trabalho está subordinada pelo poder econômico e político da classe que vive da exploração do trabalho.
No Brasil, entre os explorados, ser mulher, ser negra e ser pobre, condiciona uma lógica de poder que intensificará os perversos conteúdos de exploração do capital sobre o trabalho no nosso território: a superexploração.
A liberdade desfigurada e a exploração manipulada geram uma herança maldita, que não será aniquilada ao menos que consigamos romper com a forma-conteúdo de produzir mercadorias classificando o humano como objeto da relação, da vida que ele produz.
O poder popular requer a restauração do ser mais da classe que vive do trabalho, rompendo com a estrutura de produção de vida em que o ser menos foi instituído como forma de adestramento necessária à manutenção da ordem e do progresso burgueses.
Segundo o último censo do IBGE-2010, a população brasileira é de mais de 190 milhões (190.755.799). Deste total, 43,1% se declarou preta (82.215.750) e 7,6% parda (14.497.441). Somados, chegamos a quase 97 milhões de brasileiros.
Oxalá que a história escrita e protagonizada por nós, a partir da luta organizada enquanto classe trabalhadora, nos permita recuperar na memória, nossa real história de ser mais, a partir da construção de um projeto nacional, democrático e popular, que ponha fim ao domínio do capital sobre nosso trabalho.
http://aosolhosdopovo.blogspot.com/
Por Roberta Traspadini
Fonte: Brasil de Fato 

domingo, 13 de novembro de 2011

Protesto na Transamazônica gera reforma na ponte e reunião com DNIT Nacional


O protesto realizado por pessoas de Brasil Novo e viajantes da região da Transamazônica no Pará segunda-feira dia 07 de novembro na altura do Km 40 da BR 230 resultou na sinalização imediata da ponte com quatro placas colocada depois da reunião com o DNIT e o inicio da reforma no dia seguinte,  como mostramos aqui no nosso Blog. 

Hoje estamos mostrando as placas colocadas e a ponte reformada.
Queremos noticiar em primeira mão que o DNIT Nacional já recebeu nossa proposta de reunião para este mês em Altamira. Falta confirmar a data e local. A coordenação reuniu para avaliar e planejar os próximos passos. As pessoas presentes ficaram felizes pelo sucesso do Protesto e querem continuar na luta pela reforma das pontes e a explicação da paralização do asfaltamento desde 2008. E por que continua parada.  
Fotos e Texto: Antonio Nilso 

Trabalhadoras/es em Educação do Pará continuam em greve !

Proposta do Governo Jatene é reduzir em 20 dias o ano letivo.

 16/11 Grande Ato Público no CAN/Belém-Pa - 9h

Em uma grande assembleia realizada hoje, (11), no Centro Social de Nazaré, os trabalhadores em educação em greve decidiram, por maioria esmagadora dos presentes, a manutenção da greve.
Foi aprovado a realização de um grande ato público para sensibilizar a sociedade para se contrapor às calúnias veiculadas pelo Governo Jatene através da maioria da imprensa televisiva, escrita e radiofônica, no dia 16 de novembro, no CAN, às 09 horas.
As várias formas utilizadas pelo Governo de Simão Jatene/Nilson Pinto para criminalizar o nosso movimento utilizando-se do aparelhamento da máquina estatal com alguns grupos de comunicação; a forma obscura da utilização do Judiciário/Ministério Público; a ameaça de demissão em massa de trabalhadores temporários do estado e em estágio probatório mostra a disposição do seu partido em superar os seus antecessores, como sendo o mais novo/velho repressor dos movimentos sociais deste estado.
Recentemente o governo do estado enviou ao Conselho Estadual de Educação, a proposta de redução de 20 dias no calendário escolar, que, felizmente, ainda não foi aprovada pelo conselho, mas deixa clara mais esta tentativa de reduzir as leis que resguardam a educação, pois a Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabelece 200 dias letivos.
Isto mostra o desespero deste desgoverno e o ódio que eles nutrem a nossa categoria. Em outras linhas, querem a qualquer custo punir os que ousam a não abaixar a cabeça aos arrogantes Nilson Pinto, Jatene e Alice Viana, pois vêem o desgaste que sentem nas suas aparições em público, quando são vaiados.
A categoria mostrou-se, mais uma vez, madura e mobilizada para não aceitar nenhum ataque vindos de qualquer lugar, seja ele da imprensa marrom deste Estado ou dos nossos maiores algozes do executivo estadual, pois lotou a CSN, pela manhã, com a presença expressiva de 25 municípios que se deslocaram até a capital para participar da assembleia. Entre eles: Santarém, Peixe Boi, Augusto Correa, Santa Izabel, Curionópolis, São Francisco do Pará, Itaituba, Curralinho, Breves, Alenquer, Monte Alegre, Curuça, Colares, Marapanim, Abaetetuba, Barcarena, Castanhal, Igarapé Açu, Magalhães Barata, Maracanã, Portel, Terra Alta, Vigia, Capanema e Bragança
Foi encaminhada ainda, a seguinte agenda:
Sábado (12/11) - Conselho Estadual de Representantes
Domingo (13/11) – Panfletagem na Pça da República, 9 horas
Dia 16/11(terça-feira) – Ato público no CAN, 9 horas

Fonte: http://www.sintepp.org.br 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Protesto na Transamazônica de ontem deu resultado hoje


Ontem (07/11) durante 8 horas a rodovia Transamazônica no km 40 ficou interditada por moradoras/ es do município de Brasil Novo e pessoas de da região que viajavam naquela data. A principal reivindicação é a imediata retomada do asfaltamento, sinalização e reformas nas pontes até a construção de concreto.
Ainda a tarde uma equipe do DNIT colocou quatro placas informando a precariedade no local e hoje pela manhã uma empresa contratada pelo governo federal iniciou a reforma, como mostra a imagem.
A coordenação aguarda uma reunião com o DNIT nacional ainda este mês compromisso dos agentes da PRF e agentes do DNIT que visitaram o protesto.
Foto e Texto Antonio Nilso

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A greve continua, JATENE a culpa é tua!


A categoria da educação da rede estadual, com a participação de mais de mil trabalhadores/as reunidos em Assembleia Geral na manhã desta segunda-feira (7) decidiram por unanimidade em continuar em greve. A decisão dos/as trabalhadores/as se baseou na total falta de confiança na justiça que rasga a decisão do STF contrariando as instâncias jurídicas em sua hierarquia e o princípio da autonomia dos poderes, favorecendo explicitamente ao poder executivo. Vale lembrar que faz parte da história deste sindicato enfrentar governos que ousaram atacar os direitos dos educadores. A categoria nunca se curvou e nem se curvará a juízes descompromissados com a justiça, nossa luta é correta, constitucional e tem apoio da sociedade que também luta por condições mínimas não apenas na educação, mas em todos os serviços públicos.
Infelizmente, o magistrado paraense não enxerga a necessidade de investimento, responsabilidade e valorização dos profissionais que trabalham sem infraestrutura e sob pressão constante de direções ditadoras ou expostos à violência. O Piso Salarial Nacional já é pago na maioria dos governos estaduais e municipais, o que deixa mais uma vez o Pará atrasado no cenário educacional.
A educação no Pará é degradante, não aguentamos mais tanto descaso. Diante disso, professores e técnicos não retornarão as atividades até que seja reconhecido o real valor do educador. Não abrimos mão de fazer valer a decisão do STF, mas para isso a justiça estadual precisa ser coerente, imparcial e decidir baseado nos fatos e não continuar com sua visão unilateral e ceder às pressões deste Governo.
Simão Jatene, sem dar a devida atenção à educação, já provou que não está preocupado em melhorar a educação e a cada dia tem tentado colocar a sociedade contra o movimento, porém, os profissionais da educação não são pautados pela (in) justiça do Estado, E sim somos pautados pela valorização e respeito à comunidade que é nosso maior objetivo e compromisso.
Governador quem usa de má fé é quem se utiliza do poder para de forma maniqueísta e maquiavélica sobrepujar aos outros poderes constituídos e a população que necessita dos serviços públicos. Apresentando-se sempre como a vítima da situação quando de fato é o único que pode apontar para a saída desse impasse. Manteremos firme a bandeira da luta em defesa de nossos direitos e por uma escola pública, gratuita, laica e de qualidade social para o nosso povo.
Em Belém  trabalhadoras/es em educação em greve contarão com um reforço a mais nesta quarta-feira  dia 09 de novembro, onde a categoria realizará a “Marcha da Indignação”, com concentração a partir das 08:30h. no Trevo do Satélite, em passeata até à SEDUC.
Em Altamira a categoria participará da sessão da câmara de vereadores na noite da terça-feira, 08/11 e na quarta-feira protesto frente a 10ª URE